O gestor médico no Brasil


Recentemente estou Eu brincando com meus filhos na sala do apartamento, realizando forçada a quarentena, e como de costume tenho deixado o televisor ligado para acompanhar as notícias dos trágicos acontecimentos da pandemia por Covid-19. De repente me chama atenção na televisão o seguinte diálogo;

Repórter:

- Dr. David Uip, você utilizou o medicamento Cloroquina no tratamento da fase aguda de sua infecção por Covid-19 ?

David Uip:

- Eu desconheço a terapêutica, deixo esse assunto para os meus médicos.

Dr. David Uip é médico, infectologista, ex-diretor executivo do Instituto do Coração de São Paulo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Atualmente atua como Secretário de Saúde do Governo do Estado de São Paulo.

Em paralelo a isso também acompanhávamos o desgaste entre o atual Ministro da Saúde do governo Jair Bolsonaro, Luis Henrique Mandetta, ele é médico, ortopedista, ex-deputado federal.

O Ex-Ministro Luis Henrique Mandetta aconselhava o isolamento social radical, porém sofria por parte do seu Gestor Jair Bolsonaro, uma cobrança para que fosse estabelecida uma conduta de tratamento e uma proposta para que o isolamento não fosse tão radical, propondo protocolos, normativas que viabilizassem as atividades de trabalho e a saúde pública de modo mais harmonioso. Enfim, nada disso foi estabelecido pelo Ministro, a não ser o isolamento radical. O resultado foi a sua exoneração como nós já sabemos.

Posteriormente tivemos o seu substituto Dr. Nelson Teich, que não vale a pena citarmos detalhes, pois ficou menos de um mês em seu cargo, solicitando sua própria exoneração, e não tem como fazer gestão em uma semana ou um mês. Em nossa opinião, Gestão não é um processo mágico, mas um processo contínuo, evolutivo, quanto mais se faz, de forma coesa, estável, maior é a sua perenidade e amadurecimento. Na vida pública fazendo uma analogia a esse comportamento, veja o nosso ex-governador Geraldo Alckmin que se manteve por 16 anos no poder do governo do Estado de São Paulo.

Atualmente o Ministério da Saúde tem a gestão de um profissional com formação Militar e nenhum de seus 12 participantes da equipe possuem formação na área médica. Não muito longe disso podemos citar 2 exemplos;

Primeiramente o nosso Ex-Ministro da Saúde, Ricardo Barros, atualmente deputado federal, é formado em Engenharia Civil. Ãããããh..... ?, isso mesmo, nós já tivemos como Ministro da Saúde um Engenheiro Cível, ocupou o cargo no governo do Ex-Presidente Michel Temer. Acreditamos que a escolha do Michel Temer necessitava de um perfil para reduzir custos e maior racionalização financeira, pois o Brasil passava por uma época de maior Déficit Público em sua história. A Saúde pública consome em média 10% do PIB brasileiro.

Diante dessa política de contenção de custos, o Ex-Ministro Ricardo Barros foi acusado pelo MP de adquirir medicamentos para doenças raras com preços mais baixos, porém com menor eficácia.

Um segundo exemplo de forma análoga, nos últimos 5 anos, 33% das clínicas médicas que são abertas na Grande São Paulo, têm em seu quadro societário, indivíduos que não possuem nenhuma formação na área da saúde. Muitos me perguntam; “Para abrir uma clínica médica não precisa ser médico?”. Na verdade Não precisa ser médico, mas é necessário termos na constituição da empresa um responsável técnico, que na prática acaba sendo meramente ilustrativo, pró-forma.

Completando um pouco da nossa volta o passado, vale lembrar de um Ex-Ministro da Saúde no Governo Dilma Rousseff chamado Alexandre Padilha, médico, infectologista, “político”, militante filiado ao PT, atualmente Deputado Federal, já foi também Ministro das Relações Institucionais no Governo Lula, e concorreu ao cargo de Governador do Estado de São Paulo em 2014.

Esse último foi quem quis promover o “Parto Humanizado” no SUS. Na época objetivo desse célebre gestor foi diminuir as cesáreas na rede pública, de modo a diminuir gastos. Diante desse cenário, sem haver necessidade de uma formação médica para avaliarmos tal conduta, conseguimos chegar na conclusão através de literaturas e do bom censo comum, de que um parto cesárea financeiramente pode ser mais oneroso, porém oferece maior previsibilidade, muito mais cuidado e aparato técnico para conforto e segurança dos envolvidos, Bebê recém nascido, Mamãe e Papai que também faz parte do Parto, onde sofre emocionalmente com o procedimento.

Nessa época, a decisão entre um Parto do tipo Natural ou do tipo Cesárea, não tinha uma avaliação técnica adequada por parte da equipe de Obstetrícia do SUS, forçando algumas vezes um Parto do tipo Cesárea ser realizado em Parto do tipo Natural, causando complicações ao Bebê recém-nascido e sua progenitora, ou na pior das hipóteses ceifando a vida de pessoas, como relatos que Eu já ouvi de profissionais em uma das maiores Maternidades do Brasil, na Cidade de São Paulo, no bairro da Vila Nova Cachoeirinha. Não preciso dizer mais nada, e concluindo que a propaganda do “Parto Humanizado” do célebre gestor Alexandre Padilha não deu muito certa e foi abandonada.

No setor privado de gestão para clínica médica, não é muito diferente do cenário público. Muitas vezes não existe convergência de ideias entre o gestor Executivo e a gestor Técnico, sendo essas partes muitas vezes até conflitantes. A ponderação e escolha das decisões acabam sendo da parte acionista majoritária da empresa dentro de suas convicções e conveniências.

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