Termina a Copa do Mundo e a minha rotina de visitas em clínica médica reinicia. Parece que a Copa do Mundo congelou a gestão das clínicas por 30 dias na região da Grande São Paulo.
A cada 2 clínicas em que visito, em pelo menos uma delas o proprietário ou alguém do quadro societário não é médico, ou nem sequer possui formação na área de saúde. Para mim isso já não é mais novidade nos últimos 3 anos. Mas mesmo assim ainda chama minha atenção, pois se imagina que um empreendedor na área de clínica médica seja o próprio médico, mas percebemos que O Médico esta cada vez mais desconexo em gerir o negócio de sua própria área de formação.
No mês passado observei algo muito curioso. A maior clínica médica do Brasil possui agora como CEO um fisioterapeuta.
Peraí, é isso mesmo ?
A maior clínica médica do Brasil que possui um corpo clínico de 500 médicos possui um fisioterapeuta como CEO ?
A princípio podemos dizer que não tem nada demais, CEO pode ser um gestor, um executivo. As vezes não importa sua formação. Uma clínica médica necessita de gestão como qualquer outra empresa.
Mas analisando um pouco mais esse cenário não é difícil de encontrar o "CEO" da empresa realizando a cobrança de metas, produtividade entre outras demandas aos médicos do corpo clínico pelo corredor da clínica. Ainda podemos constatar que o "CEO" em alguns momentos orienta o médico do seu corpo clínico, de que sua conduta médica foi errada, ou não foi adequada. Ainda lembrando aqui que o "CEO" possui formação de fisioterapeuta.
Diante desse cenário já não conseguimos mais entender o que acontece na gestão de uma clínica médica desse porte, esse cenário já ultrapassou a fronteira do escárnio.
Percebemos que em muitas clínicas que visitamos a direção está nas mãos errada. Mesmo nas grandes empresas.
Viaja, CEO de clínica médica, Viaja!
Jalel Ghazzaoui
CEO - Clinnet
(11) 98248-0837